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 Floresta Negra, Alemanha

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MensagemAssunto: Floresta Negra, Alemanha   Floresta Negra, Alemanha Icon_minitimeTer maio 26, 2015 3:56 am

FLORESTA NEGRA
Alemanha


Autor Principal: Thiago Freitas

Autor(es) Secundário(s): Artur Gonçalves
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MensagemAssunto: Re: Floresta Negra, Alemanha   Floresta Negra, Alemanha Icon_minitimeTer maio 26, 2015 4:50 am

Capítulo 1
O que não se vê



Schwarzwald, conhecida no mundo como Floresta Negra, é uma cordilheira localizada à sudeste no território alemão. Separada pelo Vale do Reno do maciço dos Vosges, que é mais elevado ao sul, a Floresta amplia-se num imenso verde. O ponto culminante do vale é o Feldberg, que atinge 1493 metros. Se existe algo que precisa ser falado além do verdor e das montanhas, é a água. A região é extremamente irrigada, sendo atravessada pela linha divisória de águas entre o oceano Atlântico e o Mar Negro - daí o nome Floresta Negra. Exatamente ao centro da floresta, a ruína do que já fora uma torre de vigilância dos tempos medievais permanecia como lembrança de um reino que não mais existia. Diversos viajantes ou aventureiros passavam por alí, tiravam fotos e as levavam como recordação, mas poucos percebiam as informações que de fato estavam presentes naquela rocha.

Quid Hic Latet


Um jovem caminhava sem dificuldades por entre as árvores. Todas pareciam iguais. Coníferas de folhas finas para aguentarem a baixa temperatura. O vento corria por entre as copas, como se sussurrasse para elas e, felizes, as folhas dançavam com a chegada do inverno. Preparavam-se por meses para enfrentar o frio, sugando o sustento da própria terra e guardando em seu tronco, folhas e galhos o que lhe seria necessário por uma estação inteira.

Diferentemente, o garoto que caminhava e ouvia a canção do vento queixava-se do frio cortante que penetrava em seus poros. Pouco se via dele: vestia uma calça jeans pesada, um casaco de moletom com gorro, um cachecol no pescoço e cobrindo o nariz. Usava óculos escuros, apesar de quese não haver sol. As mãos estavam nos bolsos frontais do casaco, escondidas do vento que teimava em soprar. Estaria perdido?


— Ah! A convocação tinha que ser mesmo neste frio? — reclamava o menino. — Como se já não fosse difícil caminhar pela Floresta em dias quentes.

Não estava perdido. Conhecia a Floresta e em pouco tempo chegava onde queria. Estava de frente para a ruína, olhando para a inscrição em latim, como se pudesse lê-la. Olhava, desconfiado, de um lado para o outro. Qualquer um que o visse alí imaginaria que era um turista, apenas da pouca idade, e que encontrara aquela ruína pela primeira vez. Era comum que as pessoas se detivessem à frente da construção — ou o que restou dela — por minutos a fio, imaginando o que não poderia ter sido em tempos áureos. Mas aquele garoto não imaginava, ele sabia.

Tirava as mãos dos bolsos, revelando-as nuas. Não usava luvas... a cobertura contra o frio acabava exatamente onde terminava o casaco: no pulso. Estendia os braços à frente do corpo, as palmas das mãos abertas viradas para a construção. Agora sim a figura era estranha: um garoto encapotado de casacos, exceto pelas mãos, que estavam direcionadas para as ruínas de uma torre medieval. Aquilo era o que os não-mágicos viam. O espaço ao redor do garoto começava a se distorcer, como se seu corpo emitisse um calor tão intenso que era capaz de mexer com a visão de quem o olhava. A voz do garoto, que deveria ter seus dezessete anos, ecoou.


— Que nossa força oculta venha à superfície para abrir as portas do lugar que nos protege. Que aquilo que os comuns não vêem possa criar espaço para os abençoados pelas estrelas disseminarem a luz. Que as sombras tão mal julgadas sejam a porta para o abrigo que me espera. Aperiam quid latet.

Nem todos podiam ver, mas após as palavras do garoto, os pedaços do que fora a torre saltavam e, feito um quebra-cabeças, voltavam a se unir. Os tijolos multiplicavam-se rapidamente fazendo com que uma torre de paredes negras rasgasse o céu. A singela inscrição em latim agora reluzia em prata acima do portal, que dava entrada para a torre. O caminho lá dentro era iluminado por chamas esverdeadas. A Torre Sombria recebia aquele jovem.
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